ALFORRIA POÉTICA: Uma celebração literária e social
ALFORRIA POÉTICA: Uma celebração literária e social
Data de Publicação: 30 de abril de 2025 08:49:00 O livro de Maria da Ajuda Laranjeiras, que será lançado no aniversário da Escola Estadual Marechal Rondon, em Araguaína, no norte do Tocantins, traz reflexões sobre identidade e inclusão.
Por Antônio Oliveira
O livro Alforria Poética, da escritora e poetisa Maria da Ajuda Laranjeiras, será lançado no dia 09 de maio de 2025, durante as comemorações do aniversário da Escola Estadual Marechal Rondon, em Araguaína, no norte do Tocantins. A publicação é fruto do projeto "Ler, compreender e produzir na arte literária", contemplado pelo Edital de fomento à cultura Aldir Blanc (PNAB Lei nº 14.399/22) e pelo Edital nº 07/24 – SEMECL de Araguaína. Os textos poéticos que compõem a obra foram inspirados nas oficinas de produção literária da turma do 9º ano da Escola Marechal Rondon, cujos alunos terão suas criações apresentadas em painéis e no sarau programado para o evento.
Este livro representa um sonho concretizado para a autora. Alforria Poética surgiu da combinação de experiências: desde a exploração de obras literárias incríveis até a observação cuidadosa do contexto social, físico e geográfico que emoldura nosso belo país, dia a autora. Além disso, a obra remete a memórias da infância e à sensibilização diante das injustiças que marginalizam figuras importantes de nossa história, refletindo a necessidade de uma sociedade mais justa e inclusiva.
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Maria da Ajuda Laranjeiras e fac-símile da sua obra. (Fotos: Divulgação) |
As poesias contidas na obra, como "Emoção Drummondiana", "A Casa Viniciana", "Farinelli", "A Revolução dos Bichos" e "Meu Primeiro Picolé", fazem alusão a importantes referências literárias, destacando o legado deixado por escritores como José Francisco Concesso, ícone da literatura tocantinense.
Com um olhar atento aos temas sociais, ambientais e culturais, as palavras se reuniram para criar poemas como "Metrópoles Vazias", "Capacitismo" e "O Clamor da Amazônia", enriquecendo ainda mais esta coletânea. Alforria Poética se destaca também como um valioso recurso para educadores da educação básica, que buscam inspiração na arte da palavra para motivar seus alunos.
*Com informações da autora.
Exemplos Poéticos da Obra
Alforria poética
Maria da Ajuda Laranjeiras
Alforria poética é grito de liberdade
É chave que rompe grilhões
Liberta o espírito das correntes
Resgata o homem das prisões.
A poesia é arma secreta
Desvenda segredos enigmáticos
É aliança que devolve o brilho
E descortina mundos fantásticos.
A poesia dá voz ao oprimido
Faz calar quem provoca dor
Alegra quem está triste
Incendeia os corações de amor.
Nas linhas de cada verso
Há um canto de felicidade
Palavras deslizam suavemente
Traçando caminhos de liberdade.
É tempo de amar
Maria da Ajuda Laranjeiras
“Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor com ele conquistará o mundo.”
Albert Einstein
Como disse Albert Einstein:
Se tiveres que escolher
Entre o mundo e o amor
O amor que deve ser.
Se optares pelo mundo
O amor será quebrado
Mas se o amor for a opção
O mundo será conquistado.
O amor é muito forte
O amor muda o mundo
O amor é o sentimento
De todos o mais profundo.
Nesse mundo de conflitos
Se houvesse mais amor
Não haveria tanta guerra
Fome, miséria e dor.
Isso não é utopia
De um exímio sonhador
É o sentimento que o ser humano
Deve reconhecer o seu valor.
O poder da língua
Maria da Ajuda Laranjeiras
A língua é identidade
É identidade cultural
É repercussão política
Econômica, histórica, social
Língua é direito humano
É interação, é vida em potencial.
É intercâmbio idiomático
Entre seus interlocutores
A língua é prática social
Com recursos transformadores
Quem conhece sabe bem
Seja quem lê ou escritores.
A língua, orquestra organizada
Em perfeita melodia
É inclusão de vozes distintas
Com os acordes em sincronia
É manifestação de emoções
Sem perder a sintonia.
Ler, escrever, interpretar
É uma fonte de aprendizado
Fomenta a imaginação
De um povo civilizado
Língua não tem cor ou classe
Basta ser familiarizado.
(...)
Há poesia
Maria da Ajuda Laranjeiras
“Em cada canto há um verso se bulindo.”
Patativa do Assaré
Mesmo que não haja poeta, a poesia permanece viva.
Viva em cada canto:
Em cada folha que acena com o gentil toque do vento.
Em cada brisa que acaricia a pele no final de tarde.
Em cada raio de sol que fulgura e deixa a vida mais luzida.
Em cada onda que beija a areia nos veraneios movimentados das orlas
[marítimas.
Em cada gota que desprende da cachoeira num cenário inebriante.
Em cada pingo de chuva que torna alegre o verde até então sem brilho.
Em cada nuvem que passa frente ao sol para suavizar o calor.
Em cada pétala que exala perfume com seus matizes e perfumes essenciais.
Em cada movimento suave de uma boca que degusta o prato predileto feito por
[mãos divinas.
Em cada sorriso inocente de uma criança que faz derreter até corações
[pétreos.
Em cada olhar com seus mistérios indecifráveis.
Em cada nota de acordes perfeitos.
Em cada beijo apaixonado dos casais absortos em carícias trocadas.
Em cada “sim” no altar que promete amor eterno.
Em cada sorriso de mãe ao ver o filho que acaba de nascer.
Em cada passo no caminhar de ancião com seus passos vacilantes.
Em cada pranto de dor nas partidas sem volta.
Há poesia, triste poesia, no silêncio das necrópoles com seus personagens
[mudos.
Há poesia em cada canto.
Alforria Poética, Maria da Ajuda Laranjeiras, lançamento literário, Escola Estadual Marechal Rondon, inclusão social, arte literária, Edital Aldir Blanc.
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