Ana Clara, a pequena jornalista

Ana Clara, a pequena jornalista

Data de Publicação: 16 de dezembro de 2024 09:38:00 Nesta crônica, o autor reflete sobre a busca pela felicidade, que muitas vezes se encontra nas pequenas coisas do cotidiano, especialmente nas relações familiares. A interação leve e divertida com sua neta, Ana Clara, revela a importância das emoções e das risadas compartilhadas, mostrando que, mesmo diante das ansiedades da vida, a alegria pode estar ao nosso lado, nas conversas e nas memórias construídas juntos. (Amapoula Valence)

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 Nesta crônica, o autor reflete sobre a busca pela felicidade, que muitas vezes se encontra nas pequenas coisas do cotidiano, especialmente nas relações familiares. A interação leve e divertida com sua neta, Ana Clara, revela a importância das emoções e das risadas compartilhadas, mostrando que, mesmo diante das ansiedades da vida, a alegria pode estar ao nosso lado, nas conversas e nas memórias construídas juntos. (Amapoula Valence)

 

Foto: Antônio Oliveira

Antônio Oliveira

Muita gente busca a felicidade em lugares distantes ou em meios artificiais, como as redes sociais. Muitas vezes, o que nos faz felizes está bem pertinho de nós, ao nosso lado e a gente não percebe. Eu tenho os meus perrengues, as minhas ansiedades e angústias, mas também tenho, se não toda, ao menos um bom pedaço de felicidade ao meu lado: meus netos e as emoções indescritíveis que eles me proporcionam. Eles, inclusive, já geraram um livro de crônicas de minha autoria – “Netos dizem cada uma” – com suas tiradas ingênuas, bem-humoradas e inteligentes. Netos são uma das maiores e melhores dádivas que Deus nos dá, coroando nosso ideal de pais e mães.

No final da tarde deste domingo, para fugir do tédio, convidei minha neta, Ana Clara, quase 8 anos, para pedalar comigo até a Praia da Graciosa, um belo cartão postal na região centro-oeste de Palmas, a capital do Tocantins. Como ela já me disse muitas vezes: “Vovô, quando você for sair, nem precisa perguntar se eu quero ir junto. Quero sempre.” Assim, já arrumou maiô, toalha e roupa de volta – vaidosa, escolheu uma roupa para ir e outra para voltar.

E lá fomos nós.

No caminho, Ana Clara sendo a Ana Clara. Conversou de casa até a praia: falou sobre sua escola, seus colegas, o Evangelho e seus conceitos de amor e caridade (meus netos, assim como meus filhos, recebem formação espírita-cristã); fez planos para 2025 e, já chegando ao nosso destino, soltou esta: “Vovô, há coisas que eu não entendo, como por exemplo: o homem tem paciência para ficar horas e horas na beira do rio para pescar um peixe, mas não tem paciência para esperar dez minutos enquanto a mulher se maquia.” Ela está sempre cheia de indagações e curiosidades.

— Ana Clara! Você reparou que, de casa até aqui, só você conversou? Não dava pausa para o vovô falar também? Meia hora conversando — disse eu para ela.

— Desculpa, vovô. Fui mal. Mas não é à toa que na minha escola meu apelido é “Jornalista” — respondeu-me ela.

— Ah, é? Por quê?

— Justamente porque eu converso demais e sou a primeira a dar as notícias dos colegas.

E o avô é jornalista.

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